Um ETF para expor-se à China e outros países asiáticos

Olá amigos investidores!

A China tem crescido muito nos últimos anos. Várias pessoas já comentaram sobre investir diretamente na China, no entanto, podemos investir na China mas não precisa ser diretamente. Afinal, não é tão fácil entender o mercado de ações por lá.

Como você já deve saber, existem milhares de empresas na China mas eu mesmo fico em dúvida na confiabilidade dos dados divulgados por lá. Acredito que há grandes risco em tentar investir sozinho e diretamente na China e por isso hoje trago uma opção de se expor aos mercados asiáticos com uma parcela maior na China.

Hoje falaremos então do ETF DVYE iShares Emerging Markets. Um ETF que investe em mercados emergentes mas sua maior parcela está em empresas Chinesas. Juntamente com a China, a Rússia está presente como segunda maior parcela no DVYE. Vamos detalhar um pouco mais.

ETF DVYE iShares Emerging Markets

O DVYE, como falei acima, é um ETF focado nos mercados emergentes e neste mercado o Brasil está inserido. No entanto, a China está em primeiro lugar com 22% do portfólio. Outra grande característica deste ETF é que ele paga altos dividendos. Atualmente acima de 6%.

Como podemos ver na imagem abaixo, a China leva a maior parcela do ETF com 22,5%, seguido de Rússia com 14,6%, Africa do Sul com 11,84%, Taiwan com 10,4% e em quinto lugar, o Brasil com 9,55%. Só os 5 primeiros já perfazem 68,9% do ETF.

Dividendos

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Para quem gosta de dividendos, o DVYE é uma excelente opção. Se você quer se expor ao mercado da China e ainda receber altos dividendos, conseguirá a média de 6% ao ano. Conforme podemos ver na imagem abaixo, a média dos últimos 4 anos foi de 5,68%.

Se observarmos bem março de 2020, onde a pandemia levou pânico aos mercados, veremos que o DY passaria de 9%. Ou seja, caso você tivesse comprado em março, poderia ter um Yield on cost de 9%. De qualquer maneira ainda pagam um ótimo DY.

Obviamente, como ele é composto por 96 empresas dos mercados emergentes e tivemos o período de pandemia, o DVYE sofreu uma queda na cotação. Mesmo assim, não acho que a queda tenha sido tão grande assim. Olhando o gráfico do ano, vemos uma queda de pouco mais de 20%.

Deslize a barra para a direita e para a esquerda para ver a performance no gráfico entre 1 anos e 5 anos.

Divisão por país e setor

Na imagem abaixo podemos ver os 10 países que mais têm peso no ETF, juntamente com os setores em que atuam. Observem que o setor financeiro toma quase 50% do ETF. Apesar de o setor de tecnologia ter crescido bastante, o DVYE é focado no mercado financeiro. Mas será que as 3 maiores participações do ETF são do setor financeiro? Vamos ver.

3 maiores participações do ETF DVYE

Evraz

A Evraz é a maior participação do DVYE. Ela é uma multinacional britânica de produção de aço e mineração verticalmente integrada com sede em Londres no Reino Unido. Possui operações principalmente na Rússia, mas também na Ucrânia, Cazaquistão, Itália, República Tcheca, Estados Unidos, Canadá e África do Sul.

Você encontra ela na bolsa de Londres sob o ticker EVRE e é negociada em torno de 360 GPB. Teve um ótimo crescimento no período de um ano e paga mais de 12% em dividendos.

NLMK Group

O Grupo NLMK é um fabricante líder internacional de produtos de aço de alta qualidade com um modelo de negócios verticalmente integrado. A mineração e a siderurgia estão concentradas em regiões econômicas; produtos acabados são fabricados perto dos principais clientes na Rússia, América do Norte e na UE.

Você encontra ela na bolsa de Moscou sendo negociada em torno de 190 RUB. Também é uma empresa que paga mais de 10% em dividendos. Para termos uma ideia, 190 Rublos hoje equivalem a aproximadamente 2,4 dólares.

R&F Properties

A R&F Properties é uma incorporadora chinesa com sede em Guangzhou, Guangdong, China. Fundada em 1994, é uma das maiores empresas imobiliárias de Guangzhou. Ela se dedica à integração de projetos imobiliários, desenvolvimento, supervisão de engenharia, vendas, administração de imóveis e intermediário imobiliário.

Você encontra a R&F na bolsa de Hong Kong sob o ticker numérico 2777. Também pagam mais de 13% em dividendos anuais.

Participações Brasileiras no ETF DVYE

Como estamos falando de mercados emergentes e o Brasil ocupa a quinta posição destro deste ETF, procurei algumas empresas brasileiras, listadas na própria B3, para ver o que estão comprando e se eu compraria os mesmos ativos no Brasil. Eis a lista que encontrei:

• CYRE3
• SANB11
• BBSE3
• TRPL4
• ITSA4
• TAEE11
• ITUB4
• TIET11
• VIVT4
• CMIG4

Esta é a lista de ativos na B3 que fazem parte do ETF DVYE. Até que não é uma seleção ruim. A lista está ordenada em ordem de maior peso dentro do ETF. Eu mesmo tenho BBSE3 como minha maior posição no Brasil, seguido de Itaúsa. VIVT4 iniciei posição este mês.

A julgar pela seleção de ativos no Brasil, podemos imaginar que os ativos dos outros países também foram bem escolhidos. A única ressalva ao ETF é sua taxa de administração que é de 0,49%. Enquanto os ETF que são focados no mercado americano possuem taxas abaixo de 0,2%, os que envolvem outros continentes são um pouco mais altos.

Considerações Finais

Existem várias maneiras de expor-se aos mercado fora dos EUA utilizando estratégias com ETF. Para aqueles que querem investir em países asiáticos, este ETF, DVYE, cumpre bem o objetivo. Mesmo sendo um ETF de mercados emergentes, a maior parte dele está focada em empresas asiáticas, mais particularmente na China.

Além da exposição aos mercados emergentes, você ainda obtém altos dividendos na ordem de mais de 6% ao ano. De qualquer maneira, estude mais sobre o DVYE e seus riscos antes de investir seu dinheiro.

E você, o que acha do DVYE? Será uma boa opção? Será que o mercado asiático pode trazer grandes lucros no futuro? Deixei sua opinião nos comentários abaixo.

Bons investimentos!

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